As amígdalas e adenóides são órgãos linfóides que se encontram na entrada dos sistemas respiratório e digestivo, sendo, portanto os primeiros tecidos que produzem células de defesa ao entrarem em contato com microorganismos durante a respiração e alimentação. As amígdalas são mais ativas entre o 4o. e o 10° anos de vida e involuem depois da puberdade, e o tecido adenoidiano é normalmente mais volumoso entre os 3° e 7° anos de idade.
Devido à sua localização, adenóides aumentadas podem causar obstrução nasal e acúmulo de
secreção com proliferação de germes cujo contato frequente tende a fazer aumentar ainda mais seu tamanho.
Em número de duas, as amígdalas também são massas de tecido linfóide localizadas na garganta,
ocupando a escavação também chamada de loja amigdaliana.
  Se excessivamente grandes, geram obstrução alta de vias aéreas e síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS).
O aumento das amígdalas e das adenóide pode causar respiração bucal, malformação crânio-facial, déficit no crescimento,
dificuldade na deglutição, roncos noturnos, distúrbios do sono,
incluindo apnéia obstrutiva do sono e até complicações pulmonares graves.
A criança pode apresentar a chamada fácies adenoidiana cujas características são
boca permanentemente aberta, maxila pouco desenvolvida e conseqüente lábio inferior com musculatura enfraquecida, alterações no posicionamento dos
dentes de graus bastante variados e céu-da-boca fundo, o chamado palato em ogiva. Amígdalas e adenóides aumentadas ocasionalmente interferem na deglutição,
podendo causar obstrução ou incoordenação entre a respiração e a deglutição. Similarmente, também pode ocorrer diminuição do fluxo nasal e causar voz abafada ou anasalada.
 
  Uma pergunta frequente no consultório é: Mas se as amígdalas e adenóides são responsáveis pela imunidade, a cirurgia não poderia trazer algum problema?
As amígdalas e adenóides são imunologicamente ativas entre os 4 e 10 anos de idade, e diminuem essa função gradativamente com a idade, mostrando um decréscimo de sua importância após os 20 anos. Em pacientes que possuem um aumento desse tecido ou que tenha infecções recorrentes ocorre uma inflamação ampla do tecido com conseqüente redução da produção de anticorpos. Ou seja, nesses casos, as amígdalas e adenóide não estão desempenhando sua função, pois já foram substituídos pelos demais órgãos linfoides do organismo.
Diante do exposto, a indicação cirúrgica deve ser precisa e no tempo correto para evitar todas as consequências desagradáveis relatadas e que interferem tanto no desenvolvimento da criança. A criança com hipertrofia adenoamigdaliana, ou seja, com amígdalas e adenóides aumentadas de tamanho, que apresentam as repercussões acima descritas devem sempre ser avaliadas por um otorrinolaringologista.
Aumento das amígdalas e adenoide em crianças
O ouvido infantil tem particularidades que devem ser valorizadas durante o exame físico e tratamento da criança. Entenda agora o trabalho da Dra. Viviane Pandini.